Dr. Herberth Cavalcante

Você conhece a medicina intervencionista da dor?

É uma área da medicina, praticada por médicos com formação específica que tem por objetivo o diagnóstico e tratamento de dores agudas e crônicas, utilizando-se basicamente de técnicas minimamente invasivas e percutâneas (através da pele, sem cortes), através da colocação de agulhas, cateteres e eletrodos de radiofrequência. Os procedimentos são, em sua maioria, realizados com o auxílio de imagem radiológica em tempo real (Fluoroscopia) ou Ultrassonografia, o que aumenta a sua segurança e principalmente a sua eficácia por atingirem o alvo da dor com precisão. A principal vantagem dessas intervenções é o baixo risco, oferecendo ao paciente rápida recuperação com importante melhora do quadro clínico. O paciente entra no Hospital para realizar o procedimento Intervencionista da Dor recebendo alta no mesmo dia. Saber a origem da dor é muitas vezes mais difícil que o próprio tratamento, mas é a condição fundamental para um tratamento adequado, ou seja, sem o diagnóstico correto da causa não é possível tratar. A técnica mais adequada depende do tipo da dor, e pode ser indicada isolada ou em conjunto com outras modalidades de tratamento, sejam medicamentos ou fisioterapia e acompanhamento psicológico. A abordagem multidisciplinar é a chave para a melhora da qualidade de vida do paciente, sendo a medicina intervencionista uma importante ferramenta desse arsenal.

5 Métodos para combater a dor com a mente

Apesar de produzir uma sensação física, a dor vai muito além. Ela é fruto de uma relação do corpo e a mente, e é influenciada também por diversos fatores externos. De acordo com a universidade americana Harvard Medical School, a maneira como se sente a dor tem a ver com as emoções, personalidade, estilo de vida, genética e as experiências anteriores. – O pássaro que ‘salvou’ família após queda que deixou mãe paralisada – Os animais que conseguem ficar meses (ou anos) sem água Se a pessoa tiver sido exposta à dor durante um longo período de tempo, o cérebro pode ter sido modificado para receber sinais de problemas, mesmo quando eles não existem. No caso da fibromialgia – uma doença em que o principal sintoma é uma dor generalizada que pode ser sentida por todo o corpo – o componente emocional tem um peso importante, segundo o Serviço Nacional de Saúde Pública do Reino Unido. O desconforto é contínuo: as sensações de dor, ardência e queima estão presentes constantemente, embora possam melhorar ou piorar em momentos diferentes. Alternativa mais saudável Uma maneira de lidar com condições crônicas, ou quase qualquer outra doença física, é mudar a percepção mental de dor. Isto aumenta o limite de tolerância e, assim, reduz a necessidade de medicamentos que podem causar efeitos colaterais e até mesmo dependência. Por isso, a Harvard Medical School recomenda uma série de técnicas mentais para ajudar a combater a dor. Os estudos científicos mostram que estas terapias alternativas têm sido eficazes no alívio da dor de cabeça e a fibromialgia. 1 – Atenção plena “Esta técnica envolve basicamente focar no presente, sem julgamento”, diz o neurocientista Sara Lazar, Massachusetts General Hospital. Para muitos, o primeiro impulso à dor é tentar se desligar de qualquer maneira. Ao usar a atenção plena para controlar a dor, no entanto, o que se busca é aproximar a sensação e aprender a conhecê-la “assistindo-a” objetivamente. A ideia é concentrar-se no momento em que ele você está vivendo, evitando preocupações passadas e futuras. Tem-se que considerar os seguintes elementos: Onde começa o que se sente? Isso muda com o passar do tempo? Como você pode descrever? 2 – A respiração profunda Esta técnica é fundamental para o resto das alternativas que podem ser usadas para ajudar a controlar a dor. Uma das técnicas para esquecer a dor é respirar e concentrar-se Trata-se de respirar profundamente por alguns segundos e depois expirar. Para ajudar a manter a concentração e ritmo da respiração, podem ser usadas palavras ou frases. Por exemplo, cada vez que você respira, você pode dizer “bem-vindo, relaxamento”. Ao expirar, “adeus, negatividade.” 3 – Meditação e visualização Neste caso, o processo inicia-se prestando-se atenção à respiração seguindo a técnica ensinada acima. Isso é feito em uma atmosfera de relaxamento completo, sem ruídos ou estímulos que possam distrair, como música de fundo. Em lugares que lembram tranquilidade e paz é uma das armas para combater a dor. Além disso, você pode pensar em um lugar que está associado com tranquilidade, paz e prazer. Uma praia com o som das ondas. Pássaros cantando em uma paisagem bucólica. Se a mente se distrair e começar a pensar em outras coisas, traga de volta a imagem que causa tranquilidade. 4 – Concentração e positividade Escolher uma atividade que você gosta é outra opção. Pode ser qualquer coisa que gera prazer: leitura de poesia, fazer caminhadas em espaços verdes, culinária ou dedicar-se à jardinagem. O objetivo é concentrar-se de forma absoluta no que você está fazendo e prestar atenção nos mínimos detalhes, observando como os sentidos reagem e quais são as sensações que você sente. Se dedicar a uma atividade que faça sentir prazer, como a jardinagem, pode ajudar a afastar dor. Quando uma pessoa não está bem, muitas vezes pensa apenas no que não pode fazer. Direcionar a atenção para o que pode fazer ajuda a parar de pensar na dor. Ter um diário e registrar regularmente as razões ou coisas de que você gosta, é uma maneira de fazer isso, explica a professora de psiquiatria do Harvard Medical School, Ellen Slawsby. 5 – Gerar a resposta de relaxamento É o antídoto para o estresse que gera a dor. Permite controlar o aumento da frequência cardíaca e as reações do corpo, que entra em alerta com estresse. Neste caso, a primeira coisa a fazer é fechar os olhos e relaxar todos os músculos do corpo. Em seguida, prestar atenção na respiração. Se os pensamentos começam a aparecer, devemos recorrer à palavra “recarga” para voltar a concentrar na respiração. Neste processo, passaram-se de 10 a 20 minutos. Posteriormente, permita o retorno dos pensamentos. Finalmente, abra os olhos.

O que seria um especialista em dor?

Um Especialista em Dor é um Médico com treinamento especial em avaliação, diagnóstico e tratamento de todos os diferentes tipos de dor: Enxaqueca, Fibromialgia, Hérnia de Disco, Artrose, Dores Neuropáticas, Dor na Coluna e mais. Devido a complexidade que envolve as Síndromes Dolorosas, tornou-se muito importante ter médicos com conhecimentos especializados e habilidades para tratar essas condições. Um conhecimento aprofundado da fisiologia da dor, a capacidade de avaliar pacientes com dor de difícil controle, compreensão de exames para diagnosticar condições dolorosas, prescrição apropriada de medicamentos para os diversos tipos de dor, além de habilidades para realizar procedimentos (Técnicas Intervencionistas de Tratamento da Dor Guiadas por Imagem) são tudo parte do que um especialista usa para tratar a dor. Finalmente, o Especialista em Tratamento da Dor desempenha um papel importante na Coordenação de Cuidados adicionais, como Fisioterapia, Terapia Psicológica e Programas de Reabilitação, a fim de oferecer aos pacientes um plano de tratamento abrangente com uma Abordagem Interdisciplinar para o tratamento de sua dor.