Dr. Herberth Cavalcante

Fascite Plantar

O que é fasciíte plantar?

É a causa comum de dor sob o calcâneo conseqüente a pequenos traumas repetitivos e alterações degenerativas na origem da fáscia plantar, levando à inflamação local. A fáscia é uma banda fibrosa e firme que sustenta e mantém o arco plantar de pé.

Quando suspeitar de fasciíte plantar?

Dor embaixo do calcâneo, piora pela manhã ao iniciar a marcha, melhora após os primeiros passos. Além disto, pode estar associado com inchaço local. Quais os fatores de risco para a fasciíte plantar? Excesso de peso, ocupacional (ficar em pé por longo período), pés planos, esporão de calcâneo, corrida excessiva, encurtamento do tendão de Aquiles. Como prevenir a fasciíte plantar?
– Alongar os músculos da panturrilha antes e após a corrida.
– Utilizar um calçado adequado para o seu tipo de pé e/ou utilização de palmilhas feitas sob medida.

Como tratar a fasciíte plantar?

Temos os seguintes tipos de tratamento:

a) Tratamento não farmacológico:

– Repouso: evitar atividades que agravam a dor
– Uso de calçado adequado e de palmilhar: evitar andar descalço em superfícies rígidas, evitar calçados planos, de preferência usar tênis novo com bom sistema de amortecimento no calcanhar, considerar o uso de palmilhas à Avaliar o tipo de pé (pé plano = palmilha com apoio para o arco plantar longitudinal medial; hiperpronação = palmilha com cunha medial).

b) Fisioterapia:

– Aquecimento da fáscia plantar antes dos primeiros passos do dia com massagem de fricção horizontal.
– Alongamento da fáscia plantar = Flexão dorsal dos dedos do pé, rolamento do pé sobre uma bola de tênis.

c) Órteses:

– Talas noturnas; tornozeleiras para uso diurno.

d) Tratamento farmacológico:

– Antiinflamatórios não-esteroidais (usar precocemente apenas como sintomático para alívio da dor); infiltração com corticosteróides (evitar ao máximo devido à possibilidade de complicações como ruptura da fáscia; resposta apenas a curto prazo.

e) Tratamento cirúrgico:

– Fasciotomia plantar parcial (considerar apenas após falha do tratamento conservador por 12 meses; 70-90% de taxa de sucesso; recuperação após semanas a meses).